Em 1959 a norte-americana Oliver se candidatou junto ao GEIA a instalar uma linha de fabricação de tratores agrícolas pesados no Brasil, obrigando-se a atender índice de nacionalização inicial de 70% (95%, em três anos), segundo a legislação vigente na época. Seu projeto, que contemplava um trator de 3,5 t com motor Perkins de 80 cv não foi, entretanto, selecionado pelo órgão. Do mesmo processo participaram outros 19 fabricantes estrangeiros, entre os quais a também norte-americana Case, associada ao grupo nacional Indústrias Pereira Lopes S.A. (fabricante dos refrigeradores Climax), que foi um dos dez escolhidos no certame. Tendo a Case desistido do empreendimento, foi a Oliver então convocada a substituí-la.
Tratores Cbt Usados Para Venda
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A CBT, no entanto, tinha projetos muito mais ousados: fabricar seus próprios motores e, com eles, lançar uma linha de utilitários, tratores leves e, mais adiante, caminhões e ônibus. Teriam transcorrido oito anos de desenvolvimento, até que tais planos fossem comunicados á imprensa, em junho de 1985; segundo a empresa, em dois anos e meio suas instalações estariam preparadas para iniciar a fabricação dos motores. Três foram as unidades desenvolvidas, todas de ciclo diesel a quatro tempos, de baixa rotação: DM 301 (3 cilindros, 2.940 cm3 e 55 cv), DM 401 (4 cilindros, 3.922 cm3 e 73 cv) e DM 602 (6 cilindros, 5.883 cm3 e 106 cv). No processo, a CBT chegou ao extremo em sua estratégia de verticalização, projetando e fabricando as bombas injetoras e os turbocompressores para os novos motores (até mesmo diversas máquinas utilizadas no processo produtivo eram de construção própria).
Em 1991 a gama da CBT compreendia sete modelos de tratores, entre 4,3 e 6,8 t de peso e 83 e 118 cv de potência, três deles com tração integral: dois eram equipados com motor aspirado Perkins (8240 e 8260 44, respectivamente com quatro e seis cilindros, 83 e 118 cv, 4,8 e 6,8 t), dois com motor MWM (8440 e 8450 44, com quatro cilindros aspirado e turbo, 83 e 100 cv, 4,3 e 6,0 t) e três com Mercedes-Benz (2105, 8060 e 8060 44, seis cilindros aspirado, 110 cv e, respectivamente, 5,3, 6,2 e 6,8 t). Todos vinham com câmbio não sincronizado de seis marchas à frente e duas a ré e direção hidráulica. Na época a empresa se preparava para lançar seu maior e mais potente trator, o modelo 9270 44, com 8,7 t, motor Perkins turbo de seis cilindros e 145 cv e caixa de doze marchas à frente e quatro a ré.
No final de 1993 foi suspensa a fabricação do Javali; a produção de tratores caía continuamente (de 883 unidades em 1991 para 214 em 1994), cessando totalmente em 1995. Em outubro de 1997 a CBT teve a falência decretada. Os trabalhadores, cujo salário acumulava até dois anos de atraso, assumiram a massa falida. Ainda tentaram firmar acordo com a empresa soviética Lada para construir seus veículos no Brasil mas não lograram sucesso. Finalmente, em março de 2000, os imóveis de São Carlos foram vendidos à TAM, que ali instalou seu Centro Tecnológico e um excepcional museu aeronáutico. Cerca de 111.000 tratores e um milheiro de jipes foram fabricados pela CBT em seus pouco menos de 35 anos de existência.
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